23 de dezembro de 2016

Dupla cidadania e hedge em moeda forte

Já em Novembro de 2014 iniciei o processo de cidadania europeia da minha família. Tinha direito por bisavô materno, mas a documentação tinha algumas inconsistências que deixavam minha família preocupada. Entrei em contato com um advogado especializado e dei início ao processo de cidadania da minha avó.

No início de 2015 comecei a procurar um banco ou corretora no exterior, preferencialmente Europa, onde pudesse fazer hedge contra uma (maxi)desvalorização do Real. Só consegui algo mais palpável no início de Junho, quando entrei em contato com o Banco de Investimentos Global (BiG) de Portugal. O processo de abertura de conta para não-residente europeu é iniciado pela internet, bastando encaminhar alguns documentos pelo correio. Na época o Brasil ainda não havia implementado o processo de apostilamento internacional e precisei legalizar a documentação no consulado português. Devo ter gasto uns 300 reais emitindo documentos em cartório, legalizando e enviando ao exterior, mas a meu ver valeu muito à pena.

Toda a burocracia foi resolvida em pouco menos de dois meses e no dia 23 de Julho de 2015 eu já possuía uma conta em euro, bastava realizar a primeira transferência. Nesse dia o euro subiu quase 3% frente ao real, passando os 3,50, e como meu timing é sempre perfeito preferi aguardar um pouco mais para transferir, além disso achei o spread e cobranças do meu banco bem proibitivas. Dois meses depois um euro custava 4,67 reais. :/ Aguardei a tempestade passar e fiz minha primeira transferência apenas no fim de Outubro com euro por volta de 4,30.

De forma similar ao que o Frugal fez recentemente, me atraiu demais um ETF da Comstage que segue o índice MSCI World com domicílio em Luxemburgo e 0,2% ao ano de taxa de administração. O MSCI World Index é composto de mais de 1600 empresas em mercados desenvolvidos e sua alocação de recursos é aproximadamente 60% de ações americanas, 15% europeias, 9% japonesas, 6,5% britânicas, sendo os 10% restantes de mercados da Ásia e Oceania.

O plano B estava em curso, bastava seguir aportando na conta regularmente e aguardar que a cidadania chegasse até minha geração. Em breve continuo essa história.

Abraços e boas festas,

IOTR


3 comentários:

  1. Chefe! Você tem noção, mais ou menos, de quanto sai esse processo de cidadania?

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    1. No caso da cidadania portuguesa o custo depende da situação. Recebi a cidadania por atribuição (filho de português); neste caso, o processo de cidadania custou 175 euro e a averbação do casamento custa outros 120 euro. Caso apenas o neto do português esteja vivo, o processo de cidadania é mais caro e um pouco mais demorado.

      Precisa somar a isso o custo de emissão das certidões e envio da documentação pra Portugal. Gastei pouco menos de 2 mil reais com tudo.

      Sugiro dar uma lida no forum.cidadaniaportuguesa.com para maiores detalhes.

      Abraços,

      IOTR

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    2. Ah, e mil desculpas pela demora na resposta. :)

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